quinta-feira, 3 de março de 2011

Segunda edição livro sobre TIQUES

Tenho trabalhado no capítulo sobre Grupos de Apoio a portadores de TOC e Sindrome de Tourette que estará na segunda edição do livro"Tiques, Cacoetes e Síndrome de Tourette " org. Ana Hounie e Eurípedes Miguel Edit ARTMED.
Sempre uma honra participar de um projeto dessa categoria. Estou muito feliz!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

MENTES PERIGOSAS

Resumo do livro de Ana Beatriz Pinho
RESUMO DO LIVRO MENTES PERIGOSAS - O PSICOPATA MORA AO LADO



Quando pensamos em psicopatia, logo nos vem à mente um sujeito com cara de mau, truculento, de aparência descuidada, pinta de assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo sem pestanejar. Isso é um grande equívoco! Para os desavisados, reconhecê-los não é uma tarefa tão fácil quanto se imagina. Os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem.

Mentes Perigosas discorre sobre pessoas frias, manipuladoras, transgressoras de regras sociais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão ou culpa. Esses "predadores sociais" com aparência humana estão por aí, misturados conosco, incógnitos, infiltrados em todos os setores sociais. São homens, mulheres, de qualquer raça, credo ou nível social. Trabalham, estudam, fazem carreiras, se casam, têm filhos, mas definitivamente não são como a maioria da população: aquelas a quem chamaríamos de "pessoas do bem".

Eles podem arruinar empresas e famílias, provocar intrigas, destruir sonhos, mas não matam. E, exatamente por isso, permanecem por muito tempo ou até uma vida inteira sem serem descobertos ou diagnosticados. Por serem charmosos, eloqüentes, "inteligentes" e sedutores costumam não levantar a menor suspeita de quem realmente são. Visam apenas o benefício próprio, almejam o poder e o status, engordam ilicitamente suas contas bancárias, são mentirosos contumazes, parasitas, chefes tiranos, pedófilos, líderes natos da maldade.

Em casos extremos, os psicopatas matam a sangue-frio, com requintes de crueldade, sem medo e sem arrependimento. Porém, o que a sociedade desconhece é que os psicopatas, em sua grande maioria, não são assassinos e vivem como se fossem pessoas comuns

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Atualizações

Férias por terminar e pretendo colocar outros artigos sobre TOC . Tiques. Transtornos de Ansiedade, Fobias diversas. Postei a entrevista realizada por Dr. Drauzio Varela com o psiquiatra Marcio Bernick pois achei bastante didática. Aproveitem.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fobia Social

Entrevista realizada por Drauzio Varela
• Drauzio – O que é fobia social?
Márcio Bernik – Ansiedade social todos nós temos. É normal sentir certo grau de preocupação com a imagem e ao falar com uma autoridade ou com uma pessoa que não conhecemos, mas a maioria consegue lidar com essa sensação de desconforto. Algumas pessoas, porém, a evitam de modo tão intenso que comprometem a qualidade de vida. Esse tipo de esquiva fóbica é o que chamamos de fobia social.
Drauzio – O homem é um animal social. Viver em sociedade foi fundamental para a sobrevivência da espécie. O que justifica esse transtorno de comportamento?
Márcio Bernik – Todos os animais sociais defendem a própria vida e seu nicho social com a mesma intensidade, não pela sobrevivência da espécie, mas para que seus genes sobrevivam e passem adiante. Para deixar descendentes viáveis, eles precisam estar vivos e inseridos socialmente pelo menos de forma razoável. Por isso, os animais sociais protegem sua imagem e sua posição na hierarquia social.
Pacientes com fobia social têm sensibilidade mais aguçada para se sentirem humilhados ou rejeitados em contextos interpessoais, ou seja, em contextos que incluam pessoas desconhecidas, pouco íntimas ou muito críticas, do sexo oposto, ou autoridades. Por trás disso, existe o medo excessivo de ficarem embaraçados ou humilhados na frente dos outros. Essa é a essência da fobia social.
Drauzio – Quando precisamos falar em público e vemos as pessoas olhando para nós, não há quem não sinta uma descarga de adrenalina.
Márcio Bernik – Esse terror de palco que todos os atores dizem sentir em alguns momentos chama-se ansiedade de desempenho e aparece nos fóbicos sociais de forma intensa. Em casos mais leves de fobia social, os pacientes são tomados por ansiedade excessiva quando desempenham tarefas na frente dos outros, como comer num restaurante, assinar um cheque ou outro documento qualquer, participar de uma dinâmica de grupo, de um seminário na faculdade , de uma entrevista de emprego e, principalmente, falar em público. À medida que esse transtorno evolui, passa para um tipo que chamamos de generalizado e, além das situações de desempenho, a pessoa evita as que favorecem o contato interpessoal (ir a festas, ser apresentada a estranhos, iniciar uma paquera) e nas quais é indispensável perceber como está sendo sua aceitação pelo outro a fim de nortear a pauta para seu comportamento.
A grande diferença entre a fobia social e as outras fobias é que o maior temor do paciente fóbico social não é de todo ilógico. Ele teme ser avaliado e de fato está sob avaliação num número enorme de situações. Na verdade, todos nós estamos sendo avaliados o tempo todo.